06/05/2021 - Gerações que entram, gerações que saem. Sonhos, desafios, realizações! Pedras vivas que contam histórias, presentes na memória de milhares de pessoas que por aqui passam.
Patrimônio histórico desde 2002, a escola Barão de Monte Santo, vivenciando mais de um século de história.
Gabriel Garcia de Figueiredo, o Barão de Monte Santo, doou, em 1879, ao ProvÃncia de São Paulo, o prédio, para a instrução pública, onde está localizada, atualmente, o Posto de Saúde, SUS. Em 1901, tornou-se o primeiro Grupo Escolar do municÃpio, recebendo o nome Escola Barão de Monte Santo, desde 1906. E em 1911, iniciou-se a construção do novo prédio, onde se encontra atualmente.
A Escola faz parte das construções da primeira República, entre 1890 e 1930, consideradas os primeiros edifÃcios projetados para funcionarem como escolas (até então as escolas eram em casas de particulares).
A linguagem estilÃstica de sua arquitetura, simplificou os atributos da tradição clássica, com uma organização espacial que privilegia a ventilação e o paisagismo, suas salas de aula são distribuÃdas em espaço circular, serviu também de modelo para outros projetos arquitetônicos.
Seu edifÃcio possui uma caracterÃstica eclética, misturando o clássico com o moderno. Trazendo um ar europeu na monumentalidade, simetria, ornamentos de fachada e colunas; mas de forma mais simplificada, introduzindo conceitos modernos para sua construção.
Foi o primeiro edifÃcio escolar da cidade de Mococa, tombado em 2002, pela Condephaat, incluindo uma majestosa árvore Flamboyant, pelo seu alto valor histórico e arquitetônico, compondo junto com os casarões e a igreja Matriz o centro histórico da cidade.
Seu tombamento ocorreu, como instrumento de salvaguarda e preservação da sua arquitetura, juntamente com outras 122 escolas públicas do Estado de São Paulo, marcadas pelo ecletismo de sua arquitetura e construÃdas durante a I República. (somente após a década de 70, que este tipo de arquitetura eclética foi considerada como digna de preservação).
O legado da Escola Barão vai além do seu valor arquitetônico e estético. Possui um valor afetivo, traz uma memória coletiva, identitária, deixada através de seus arquivos e da memória oral de alunos e professores, que construÃram suas identidades neste precioso espaço.
Presenciou acontecimentos decisivos da história brasileira: na Revolução de 193Escolescola transformou-se em quartel general do exército getulista, que invadia a cidade de Mococa.
Um século de transformações, mas a escola Barão de Monte Santo, mesmo diante de tantos desafios, nunca deixou de cumprir seu papel de educar, abrindo-se, na década de 80, para a democratização do ensino, oportunizando este espaço para a diversidade sociocultural.
Momentos inesquecÃveis de produção de saberes e feiras incrÃveis ...
É este o espaço cultural de trocas de experiências, conhecimentos e afetividade, de aprender a conhecer, conviver, fazer e ser. De desafios, superação e realizações. É a nossa escola, nossa memória, nossa história.