09/05/2022 - Tudo começou em uma conversa durante o almoço em um restaurante da cidade de Guarulhos, na grande SP. Uma pessoa carismática, Gilso Vieira chamou a atenção do proprietário do estabelecimento que em poucos minutos se viu envolvido pela simplicidade do mocoquense que já nas primeiras palavras citou o nome de sua terra natal, a sua amada Mococa.

Coincidência ou "providência" divina, o comerciante que desbrava a cidade grande comentou então que era de São Sebastião do Paraíso (MG), que fica há cerca de 72 kilômetros da cidade das palmeiras imperiais. Naquele mesmo dia, o paraisense disse ao Gilso que iria ensinar para ele o segredo de um negócio que ele desenvolveria em Mococa e que seria um sucesso já que por aqui, calor é uma característica do município.

Foi então que após pagar o almoço daquele que seria o seu mais novo amigo, ele convidou o mocoquense para conhecer a sua pequena fábrica de sorvetes. Para o hoje empresário, aquilo foi uma surpresa mesmo, afinal ele nunca se imaginou desenvolvendo este tipo de trabalho e acredite, chegou a até mesmo rir da situação.

"Ele disse que iria implantar um sonho em mim e que eu seria um dos melhores sorveteiros da região de Mococa", lembrou Gilso sobre o comentário do dono do restaurante.
Gilso comprou um caderno, canetas e começou a acompanhar a produção anotando ali naquelas folhas todo o passo a passo da fabricação da sobremesa preferida do brasileira.

E ele aprendeu e muito bem a lição, tanto é que, chegou um momento em que o Gilso estava já colocando a mão na massa para produzir os sorvetes. Aos poucos começou a dar seus "toques" nas receitas deixando o produto com uma qualidade que nós já conhecemos por aqui, fazendo aumentar as vendas do seu mestre. E quem disse que o amigo queria deixar o nosso Gilso voltar para cá? Ofereceu tudo e mais um pouco para segurar o mocoquense por lá, mas para nossa sorte ele não arredou o pé da decisão e retornou para Mococa.

Quando chegou em sua terra natal, em meados de 2005, ele deu início ao projeto: vendeu uma propriedade para comprar sua sorveteria. No começo não foi fácil, mas a receita do sucesso deste empreendedor sempre foi a perseverança e ele contava com uma força maior: o apoio de sua esposa, a Fernanda Martins Vieira.

E foi inovando nas receitas, transformando o impossível em sorvete que o Gilso conquistou o paladar do mocoquense.

"Eu fazia os sorvetes e saia distribuindo os copinhos para as pessoas experimentarem, ia em portas de supermercados...e depois com certeza a pessoa ia até a sorveteria. Percebi que se eu inventasse sorvete com sabor diferente eu ia começar crescer mais", comentou aquele que hoje possui sorveterias espalhadas por toda a cidade, todas administradas pela família.

Foi assim que surgiu o tal "cabrito" que é o carro chefe da sorveteria, sendo que até sorvete de jiló ele inventou! E estes são apenas alguns dos muitos sabores que descrevem a história deste mocoquense que tem muitos capítulos pela frente em uma lição que inspira muita gente.